Para ser mais direto, a sua posição em si já é bastante importante. Como COO, Tim Cook é responsável por todas as operações globais de vendas e gerenciamento, bem como logística de fornecimento e prestação de serviços e suporte em todos os países onde a Apple opera. Além disso, ele lidera a divisão Mac junto com Bob Mansfiled, que está à frente a área de engenharia de hardware. Diante disso, ele está sempre presente nas apresentações dos resultados financeiros e nos discursos que envolvem detalhes sobre a venda de Macs, como o que ocorreu no lançamento dos novos MacBooks, em outubro.
No entanto, essa não é a primeira vez que Cook substitui Jobs no seu cargo de CEO. A primeira vez foi em 2004, e também foi devido a um problema de saúde. Na época, Jobs precisou retirar um tumor maligno do seu pâncreas. E, assim como ocorreu hoje, as ações da Apple caíram consideravelmente — 8% ao final de uma semana.
Da mesma forma que hoje, o medo diante da saída definitiva de Jobs era muito grande. Ainda assim, a Apple se segurou bem: Cook fez um ótimo trabalho mantendo a companhia estável, firme e longe de rumores internos da mídia, como faz até hoje trabalhando diretamente com os grandes executivos. E ela não deixou de fazer e lançar produtos maravilhosos: sabe o Phil Schiller que apresentou a keynote na Macworld Expo 2009 há cerca de uma semana? Ele também fez um bom trabalho ao apresentar o iMac G5, na Apple Expo 2004.
A figura daquele que fundou a companhia e a salvou da falência estava longe, assim como está agora. Mas o sonho de fazer “os melhores computadores no mundo” não parou com a sua operação. E quando ele voltou as coisas estavam ainda melhores: quando saiu em julho de 2004, a Apple registrou lucros de US$61 milhões em vendas de mais de US$2 bilhões, com US$5 bilhões em caixa.
Na sua volta, em setembro do mesmo ano, foram registrados lucros de US$1,1 bilhão em vendas de quase US$8 bilhões, com mais US$25 bilhões em caixa. Somando isso tudo à volta de Jobs, o mercado reagiu bem às boas notícias: as ações subiram quase 11% na semana dos anúncios.
Agora, pense na situação que estamos noticiando hoje: tirando os números, não existem esperanças de ela ser igual?
[Via: Fortune.]
Nenhum comentário:
Postar um comentário